
Irã reitera que sanções e agressões piorarão situação mundial
Escrito por Erica Soares
Teerã, 26 mar (Prensa Latina) Líderes políticos, religiosos e acadêmicos do Irã reiteraram hoje que as sanções do Ocidente contra este país provocarão uma alta nos preços mundiais do petróleo e que qualquer agressão militar complicará a situação no Oriente Médio.
Fontes citadas pelos principais meios noticiosos estatais alertaram que a atual escalada nos preços do petróleo devido às sanções adotadas pelos Estados Unidos e a União Europeia (UE) acarretam maiores riscos de recessão na economia global.
O líder supremo da Revolução Islâmica, aiatolá Alí Khamenei, advertiu recentemente que o Irã dará uma resposta "ao mesmo nível" se for atacado por Israel ou algum de seus inimigos ocidentais, enquanto fontes na chancelaria chamaram a combater medidas punitivas.
Os comentários ganharam força porque um relatório sublinhou o fato de que os bloqueios econômicos e petroleiros aplicados contra Teerã não podem deter o desenvolvimento de seu programa nuclear e, pelo contrário, "só farão disparar os preços do petróleo".
A respeito, meios locais aludiram a alertas do presidente estadunidense, Barack Obama, e da diretora do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, de que as tensões com o Irã afetariam o setor energético e levariam a "um choque econômico".
De modo particular, terá um impacto negativo nas economias da Europa, onde as medidas de austeridade aumentam o desemprego, dilaceram a confiança dos consumidores e golpeiam os comércios.
Os indicadores na Zona Euro, depois que a UE adotou dia 23 de janeiro passado o veto às exportações de hidrocarboneto iraniano, mostraram em março uma maior recessão com a atividade do setor privado, indicativo de uma queda inesperada, apontou um analista.
Analistas preveem um panorama mais sombrio se o Irã, que é o terceiro exportador mundial de petróleo, cortar suas exportações como resposta às sanções ou aplicar seu plano de contingência de fechar o Estreito de Ormuz, via estratégica para o comércio mundial de petróleo.
Além disso, a República Islâmica chamou de inconsistentes os argumentos ocidentais de que seu programa nuclear objetiva fins militares e recordaram declarações do ex-diretor do Organismo Internacional da Energia Atômica (OIEA) Mohamed ElBaradei.
ElBaradei desaconselhou um hipotético ataque militar israelense ou estadunidense às plantas nucleares iranianas e sublinhou que uma agressão "pode destruir suas instalações, mas nunca deter o conhecimento de especialistas em tecnologia nuclear".
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